A questão dual do bem e do mal vem sendo retratada de diversas formas. Para os chineses há o yang que seria o masculino, positivo, bom e o yin, que seria o feminino, negativo. Na bíblia, o bem é representado pelos anjos e o Mal é representado pelas figuras demoníacas. Quem já viu desenhos animados com anjos e demônios, um em cada lado do ombro do personagem duelando para saber qual iria prevalecer? 

Pois é, o bem e o mal, independentemente de como sejam retratados, estão dentro de nós, ambos estão em nosso interior, um lado sombra, outro luz e da mesma forma que aquele desenho animado retrata, temos que diariamente escolher qual irá prevalecer. 

Então, o que seria o mal? Como poderíamos distinguir o mal do bem? O livro dos Espíritos nos ajuda a entender esse tema trazendo a seguinte resposta:

“O bem é tudo aquilo que está conforme a lei de Deus, e o mal tudo aquilo que dela se afasta. Assim, fazer o bem é conformar-se com a lei de Deus, e fazer o mal é infringir essa lei.” 

(KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Questão 630)

Ainda assim, o bem nas palavras de Joanna de Ângelis seria:

“Tudo quanto fomenta a beleza, o ético, a vida, consonante a moral, e o Mal vem a ser aquilo que se opõe ao edificante, ao harmônico, ao Bem.” 

(FRANCO, Divaldo Pereira. O ser consciente. 17. Ed./ Pelo Espírito Joanna de Ângelis psicografado por Divaldo Pereira Franco. Salvador: LEAL, 2014)

Além disso, o livro dos espíritos esclarece que a solução para essa distinção está simplesmente em não fazermos a outrem o que não desejaríamos que fosse feito a nós mesmos, ou seja, tudo se resolve na reciprocidade e na solidariedade. Kardec pergunta aos Espíritos se o bem e o mal seriam absolutos para todos os homens e os espíritos respondem da seguinte maneira:

“A lei de Deus é a mesma para todos, mas o mal depende, sobretudo, da vontade que se tem de fazê-lo. O bem é sempre bem e o mal é sempre mal, qualquer que seja a posição do homem. A diferença está no grau de responsabilidade.”

(KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Questão 636)

Desta forma, o mal depende do nível de consciência de cada pessoa. Isto porque, todos os vícios e paixões têm seu princípio no instinto de conservação. Logo, cada vez que o espírito domina seus instintos e desenvolve sua inteligência, sua moral, ele vai dominando a matéria e vai, em outras palavras, evoluindo. 

Desta forma, à medida em que vamos nos adiantando moralmente e progredindo, vamos fazendo escolhas mais conscientes e a responsabilidade por nossas escolhas será proporcional a esse nível de adiantamento. 

Para estudar a mais sobre “o bem e o mal” na visão da moral

A nossa dirigente Alexandra Vieira gravou um vídeo sobre essa dualidade. Ela nos explica que o que define se uma pessoa irá agir de forma boa ou má, são justamente as escolhas que fazemos individualmente e diariamente, afinal todos temos dentro de nós uma mistura do bem e do mal, o nosso lado sombra, muitas vezes escondido por nós e nosso lado luz. Ela afirma que cada um é responsável por escrever sua própria história através do nosso livre arbítrio. 

Além disso, nossa dirigente nos faz um alerta em relação às redes sociais, pois existem algumas condições que facilitam a liberação das energias da nossa sombra, promovendo a remoção desse senso de responsabilidade e as mídias são grandes propulsores que podem ser utilizados para o bem ou para o mau. Assim, ela nos convida a sermos pessoas conscientes e como o bem e o mal habita dentro de nós, fazermos uma reflexão: Será que estamos parando para nos questionarmos onde estamos colocando mais força? O que estamos alimentando mais dentro de nós, o bem ou o mal?  

Aproveita pra estudar um pouco mais o assunto e vai no post sobre a Moral Espírita que a turma da Biblioteca preparou, é só clicar aqui. 

Preparado? Então aperte o play para ouvir Alexsandra!