Como ter uma boa morte?

21 - 06 - 21

“Pensa em termos de vida eterna. A morte é somente um veículo para mudança de domicílio.” 

Joanna de Ângelis

A nossa cultura, entende a morte como o fim de tudo, a ideia da falência do corpo e o encerramento de todas as possibilidades, faz com que tenhamos medo do por vir e o que nos espera. 

A busca pela imortalidade está na história desde a época da China Imperial, deixando vir à tona inúmeros medos vividos pelo homem. Por que o ser humano persegue a ideia de não morrer? No TEDx A consciência da morte nos faz humanos, a doutora Luciana Dadalto nos ajuda a refletir com muita leveza sobre o conceito de morte e mortalidade:

Novas perspectivas para a morte 

A forma como olhamos para a morte está ligada a forma como lidamos com a continuidade da vida. Na filosofia, os materialistas acreditam que a vida termina junto com a finitude do corpo, sem considerar a existência da alma.

IX. Se a morte fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, da alma e dos vícios. Aquele que guarnecer a alma, não de ornatos estranhos, mas com os que lhe são próprios, só esse poderá aguardar tranquilamente a hora da sua partida para o outro mundo. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Resumo da Doutrina de Sócrates e Platão, item 9)

Equivale isso a dizer que o materialismo, com o proclamar para depois da morte o nada, anula toda responsabilidade moral ulterior, sendo, conseguintemente, um incentivo para o mal; que o mau tem tudo a ganhar do nada. Somente o homem que se despojou dos vícios e se enriqueceu de virtudes, pode esperar com tranquilidade o despertar na outra vida. Por meio de exemplos, que todos os dias nos apresenta, o Espiritismo mostra quão penoso é, para o mau, o passar desta à outra vida, a entrada na vida futura. (O Céu e o Inferno, 2ª Parte, cap. I.)

A doutrina espírita nos traz a compreensão da continuidade, a verdade é que estamos na vida apenas de passagem e será o proveito que tiramos desse curto momento, se a compararmos com a eternidade, que nos facilitará o retorno.

Pensar assim é solicitar pensar no desapego. É viver livre para que a finitude da matéria seja tranquila para a alma que a habitou. Será? André Trigueiro fez uma live muito valiosa no seu Papo das 9 #388  com o tema a Imortalidade e Impermanência, repleta de reflexões, referências, dicas de leitura… Dá uma olhada:

A nossa vida é eterna, o que acontece dentro dela é que em busca do nosso crescimento passamos por momentos encarnados, mas é na erraticidade que existimos em plenitude.

A crença na alma, o estudo da Espiritualidade, a continuidade da vida. Esses temas são cruciais para lidarmos com a morte. Veja o que a Monja Coen nos traz na série Série SER – Zen Budismo – Como lidar com a morte?, no seu canal do YouTube:

Hoje, a ciência estuda e se aproxima do ato de morrer com a dignidade de valorizar a vida que segue além do corpo físico. A médica especialista em Cuidados Paliativos, Ana Claudia Quintana Arantes, fez o TEDx que é referência para entendermos um pouco sobre essa passagem, o “A morte é um dia que vale a pena viver“, merece ser visto:

O grande mistério é a vida

E o que precisamos fazer para termos uma boa morte afinal?! É preciso antes de tudo, que tenhamos uma boa vida, fazendo bom uso desse tempo, nos desenvolvendo, melhorando, semeando o bem.

A complexidade de processos que a vida apresenta está na reflexão do patologista e professor Paulo Saldiva no vídeo “Uma reflexão médica sobre a morte” do Canal no YouTube Casa do Saber: 

“Tudo tem seu apogeu e seu declínio… É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos ser o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela! Novas folhas, novas flores, na indefinida bênção do recomeço…”

Chico Xavier

É Melissa Garcia, nossa trabalhadora, quem vem conversar com a gente sobre uma boa morte. Ou seria uma boa vida?

Quer saber mais? Vamos juntos, aperta o play. Paz e luz! 

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