Aristóteles (384-322 a.C.) foi um importante filósofo grego, um dos pensadores com maior influência na cultura ocidental. Foi discípulo do filósofo Platão.
Elaborou um sistema filosófico que abordou sobre praticamente todos os assuntos existentes, como a geometria, física, metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia, retórica, matemática e principalmente lógica.
Aristóteles nasceu em Estagira, na Macedônia, colônia grega, no ano de 384 a.C. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas III, recebeu sólida formação em Ciências Naturais.
Aristóteles decidiu fundar sua própria escola, chamando-a “Liceu”, instalada no ginásio do templo dedicado ao deus Apolo, Lício.
Além de cursos técnicos para os discípulos, ministrava aulas públicas para o povo em geral.
A sabedoria de Aristóteles chegou até nós através de alguns escritos, mas que representam em si mesmo, uma enciclopédia inteira, pois contêm praticamente o começo de todas as nossas modernas artes e ciências.
A ética das virtudes
Na perspectiva de Aristóteles pode-se dizer que o homem não nasce bom ou justo, mas torna-se bom ou justo à medida que pratica tais atos. Pensando assim, Aristóteles divide a natureza do homem bom em duas partes distintas: um corpo e uma alma. As atitudes são desenvolvidas com base nas virtudes da moral e nas virtudes intelectuais.
Na alma encontra-se a razão e ao mesmo tempo o desejo, sendo que o intelecto (nôus) é entendido como a parte superior da alma. Dessa forma, o intelecto é quem deve mandar; enquanto a outra parte (o corpo), privada de razão, deve obedecer.
Para ele a virtude se divide em duas. A primeira, a virtude intelectual (virtude dianoética), nasce e progride graças aos resultados da aprendizagem, isto é, da educação. Portanto, leva tempo e demanda experiência. Já a segunda, a virtude moral (costumes, hábitos, práticas), não é gerada em nós por natureza, somos adaptados a recebê-la. Ela é resultado do hábito (ethos) que imprime em nós a virtude.
O caráter é formado a partir da repetição dos atos progressivos por meio do hábito, pois somos capazes de praticar bem aqueles atos que já fizemos antes, e eles podem ser aperfeiçoados tanto para melhor ou para pior, assim como acontece com as artes.
Esta prática dos hábitos, revela Aristóteles, exercita o homem para que este crie habilidades para se alcançar a felicidade, sendo esta denominada pelo pensador como “sumo bem”. Assim chamamos a ética de Aristóteles de “Ética das virtudes”. Sua ética é assim uma ética teleológica, pois busca atingir uma finalidade, o sumo bem, ou seja, a felicidade.
Não existem virtudes inatas, mas todas são adquiridas pela repetição dos atos, que geram os costumes (mos), aos quais dão o nome de moral. Os atos, para gerarem as virtudes, não devem desviar-se nem por defeito, nem por excesso, pois a virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos. As virtudes são então adquiridas e desenvolvidas por meio dos hábitos humanos. Os hábitos humanos são a ação, ou seja, é o agir humano.
As ações virtuosas são praticadas através daquilo que Aristóteles chama de “meio-termo” ou “justa medida”. O meio-termo ou justa medida para Aristóteles é o equilíbrio ideal entre os vícios e as virtudes. Os vícios são entendidos pelo filósofo como ações incontroláveis que os seres humanos realizam; a virtude é o oposto dos vícios, por este motivo a necessidade do meio-termo, da justa medida. Exemplo: Coragem: é o meio-termo entre a temeridade (não ter medo de nada) e a covardia (ter medo de tudo).
É Juliana Villacorta quem convida a essa reflexão e nos leva a relacionar a filosofia de Aristóteles com a doutrina espírita.
Quer saber mais? Aperta o play. Paz e Luz!
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