Você já se perguntou quem são os espíritos protetores? Qual a missão deles? Como podemos entrar em sintonia com eles?
Os espíritos, conforme o grau de adiantamento que tenham atingido, pertencem a diferentes ordens. Kardec, no O Livro dos Espíritos, classifica os espíritos em três categorias principais: Os de terceira ordem seriam os espíritos imperfeitos. Estes estariam no início da escala e possuem como característica marcante a predominância da matéria sobre o espírito. Nos de segunda ordem, há a predominância do espírito sobre a matéria e há o desejo do bem, são os chamados bons espíritos e por fim, na primeira ordem estão os espíritos puros.
Juliana Villacorta irá falar um pouco sobre os espíritos que pertencem à segunda ordem, chamados popularmente de bons espíritos, em especial, sobre aqueles a que denominamos de nossos guardiões, nossos mentores ou espíritos protetores. Ela nos convida a entendermos um pouco mais sobre a ação desses guias em nossas vidas e explica a importância desses mentores e como podemos manter uma conexão com eles.
Espíritos protetores
Denominados por muitos de anjo guardião, o espírito protetor pertence a uma ordem elevada e se liga a um indivíduo desde o nascimento até a sua morte, podendo inclusive o seguir depois da morte. Conforme a questão 491 do O livro dos Espíritos, a missão dos espíritos protetores é igual a de um pai sobre seu filho.
491. Qual é a missão do Espírito protetor?
– A de um pai sobre seus filhos: guiar seu protegido no bom caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolar suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida.
(O Livro dos Espíritos – Livro II – capítulo IX, pergunta 491).
Nossos guias atuam de forma incessante, sempre buscando nos ajudar, nos orientar e aconselhar. Eles estão sempre ao nosso lado, mas podem se afastar quando percebem que os conselhos que estão nos dando são inúteis, entretanto eles nunca nos abandonam, estando sempre atento para auxiliar-nos e retornando sempre que os chamamos.
Falar dos nossos guias é falar de amor constante, de devoção, de cuidado. Só em pensarmos que todos nós temos um protetor que está sempre disposto a nos auxiliar e que busca nosso progresso, já é motivo de gratidão diária.
Santo Agostinho ao responder à pergunta 495 do livro dos espíritos afirma que:
“Não temais em nos fatigar com vossas perguntas; estejais, ao contrário, sempre em relação conosco: sereis mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem todos os homens médiuns, médiuns hoje ignorados, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a ignorância.”
(O Livro dos Espíritos – Livro II – capítulo IX, pergunta 495).
A todo momento estamos sofrendo influência dos espíritos, esses são atraídos por vibrações semelhantes à deles. Boas ações, bons pensamentos, atraem espíritos bons, que veem a direção que estamos seguindo e querem nos ajudar a fazer mais boas ações. A prática do bem, faz com que os maus espíritos terminem desaparecendo, pois o bem e o mal são incompatíveis. Desta forma, explica o Evangelho no seu capítulo 28, item 11:
“Os maus Espíritos vêm voluntariamente segundo encontrem acesso sobre nossa fraqueza ou nossa negligência em seguir as inspirações dos bons Espíritos; portanto, somos nós quem os atraímos. Disso resulta que ninguém está jamais privado da assistência dos bons Espíritos, e que depende de nós afastar os maus.”
(Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXVIII, item 11).
O autoconhecimento
Assim, apesar de estarmos sofrendo influências de várias consciências, cabe a nós a responsabilidade de escolher com quais frequências, com quais pensamentos e com quais consciências estaremos sintonizando. Nossa trabalhadora Juliana, explica que devemos assumir essa responsabilidade nos autoconhecendo. Ela ainda afirma que através da prece, da auto escuta, do reconhecimento dos nossos reais medos e do que podemos fazer pelos outros, entramos em conexão com esses espíritos protetores.
Assim, que busquemos cada vez mais entrar em sintonia com esses seres de luz que estão sempre nos protegendo, que ficam felizes quando nos veem no bom caminho, mas que sofre quando seus conselhos são menosprezados. Se apesar das explicações acima ainda ficarmos em dúvida em como manter essa sintonia, as instruções de Santo Agostinho com toda certeza nos farão abrir o coração:
“Ah! Interrogai vossos anjos guardiães; estabelecei, entre eles e vós, essa ternura íntima que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes esconder nada, porque eles têm os olhos de Deus e não podeis enganá-los. Sonhais com o futuro; procurai avançar nesta vida…”
“Caminhai! homens de coragem; atirai para longe de vós, de uma vez por todas, preconceitos e ideias preconcebidas; entrai na nova estrada que se abre diante de vós; marchai! marchai! tendes orientadores, segui-os: o objetivo não vos pode faltar, porque esse objetivo é Deus”.
(O Livro dos Espíritos – Livro II – capítulo IX, pergunta 495)
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