Você já parou para pensar na importância da arte nesse momento de pandemia? Enquanto passamos por uma das fases mais desafiadoras da humanidade, a arte nos mantém mentalmente e emocionalmente sãos, protegendo a nossa sensibilidade.
É a essa reflexão que Júlia Albuquerque nos convida. Ela já esteve aqui por aqui despertando a nossa sensibilidade com uma bela reflexão poética sobre os ciclos da vida e as estações do ano. Dessa vez, ela fala sobre como a arte está em toda a nossa experiência neste plano terreno, e que viver é um ato de arte!
Mas o que é arte?
Arte nada mais é do que aquilo que provoca um sentimento ou uma sensação em nós, geralmente traduzido pela tendência de achar um quadro ou uma foto, por exemplo, bonitos ou feios. Está ligada ao que experimentamos com os nossos cinco sentidos. Tudo isso se junta para formar a experiência estética. Se você chora assistindo à novela, quando entra uma cena com uma música emocionante, você teve uma experiência estética. Se você comeu um bolo delicioso que te traz lembranças especiais, você também teve uma experiência estética.
Portanto, viver é uma experiência estética! É exatamente assim que o nosso ser se apropria do mundo. Se olhamos para a natureza e sentimos a grandiosidade da criação, é porque somos seres artísticos! Faz parte da nossa natureza humana.
Júlia ainda cita uma das grandes atrizes do teatro e da TV brasileira, Fernanda Montenegro, que dizia que “qualquer movimento numa vida é um ato de arte”. Que tal dar play nesse vídeo em que ela explica como a arte nos ajuda a lidar com momentos de dor?
Arte como transcendência
No livro Obras Póstumas, de Allan Kardec, parte do repertório bibliográfico da doutrina espírita, nosso querido codificador fala um pouco sobre a arte. Ele pontua como a arte é capaz de nos fazer superar o nosso mundo cotidiano. Com ela, podemos experimentar outros pontos de vista.
Quando não se vê nada atrás de si, nada diante de si, nada acima de si, sobre o que se pode concentrar o pensamento se não for sobre o ponto onde se encontra? O sublime da arte é a poesia do ideal que nos transporta para fora da esfera estreita de nossa atividade.
No vídeo, Júlia nos lembra que a arte nos leva a perceber o mundo em uma experiência que transcende a razão. Se com a ciência e a mente, podemos desvendar os mistérios de dentro e de fora, com a arte, podemos sentir esses mistérios em cada um de nós, sob novas perspectivas. Basta se conectar! A arquiteta Lina Bo Bardi, uma grande artista e a primeira mulher brasileira e no mundo a ser premiada pelo Leão de Ouro por suas obras construídas na arquitetura, tem uma citação bem legal compartilhada por Júlia:
A emoção da ciência traduzida em técnica pelo homem é a mesma comunicada pela obra de arte. Equilíbrio, estrutura, rigor, aquele mundo outro que o homem não conhece, que a arte sugere, do qual o homem tem nostalgia.
E aí, você está preparado para sentir a arte florescer em você? Agora, da próxima vez que você vir, ouvir, cheirar, saborear ou tocar uma coisa que desperte uma emoção ou uma sensação, você pode pensar: isso é uma experiência estética, isso é arte!
0 comentários