Quase sem percebermos, muitas vezes nos deixamos levar ritmo louco e frenético que a vida nos impõe. Seja na corrida pelo pão de cada dia, seja pela necessidade de ser eficiente e eficaz, seja por atender a exigências e expectativas criadas por nem sabemos quem, seja para corresponder a um padrão. Em qualquer uma dessas circunstâncias, estamos correndo… porque tempo é dinheiro! Tantas vezes nos pegamos querendo adiantar as coisas, fazer logo isso ou aquilo, andar mais rápido que o ponteiro do relógio. Quem nunca falou alto que, se o dia de hoje tivesse mais tantas horas, ainda seria pouco?
Nossa trabalhadora Júlia Albuquerque nos questiona onde perdemos a capacidade de olhar para as experiências como sendo preciosas em si. E, com isso, o tempo dedicado a elas deva ser usufruído e não, simplesmente, gasto. Da mesma forma, onde tem ido parar o tempo dedicado ao lazer e ao prazer? Onde estão as nossas pausas tão necessárias e que lugar elas têm ocupado no nosso dia-a-dia, na nossa existência? Assim, nos convida a refletir acerca desse tempo, e de como podemos utilizá-lo, escolhendo atravessá-lo em prol de nós mesmos. Confere o vídeo que ela preparou!
O que nos diz a doutrina espírita?
Pausas são importantes a todo tempo!
No vocabulário da doutrina, erraticidade é definido como o estado em que se encontram os espíritos errantes, isto é, não encarnados e em processo de evolução, durante o intervalo de suas existências corporais. São errantes, ou seja, estão na erraticidade, todos os espíritos que têm caminho a percorrer nas esferas da evolução. Então a doutrina nos fala de pausa! Pausa para organizar as experiências na última vida e ter tempo de olhar pro lado, pra trás, e ver que temos tempo pois temos caminho a seguir, tempo de fazer de novo, e de novo, e de novo!
No livro dos espíritos, a pergunta de número 682, traz um esclarecimento quanto ao repouso. Pergunta: “O repouso, sendo uma necessidade para quem trabalha, não é também uma Lei da Natureza?”. E a resposta: “Sem dúvida, o repouso serve para reparar as forças do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteligência, para que esta se eleve acima da matéria.” Com isso, sabendo que somos espíritos vivendo uma experiência encarnados, precisamos entender que vivemos uma experiência de vida encarnada por vez e que cada experiência é única, as que já tivemos, a que estamos tendo e as que ainda teremos. Todas elas são tempo, são pausas. Todas elas se somam para nossa evolução. E o repouso, a pausa, faz parte da vida, faz parte do bem viver!
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