No capítulo 2, da quarta parte de “O Livro dos Espíritos”, dedicado às “PENAS E GOZOS FUTUROS”, encontramos informações sobre a vida futura do homem após o seu desencarne.
Neste capítulo, dividido em 8 tópicos, há a explanação das consequências no mundo espiritual dos atos praticados pelos homens quando encarnados.
Através dos questionamentos feitos por Allan Kardec, os espíritos nos falam sobre a intuição que temos sobre as penas e gozos futuros; a intervenção de Deus nas penas e recompensas; a natureza dessas penas; as penas temporais; explana sobre paraíso, inferno e purgatório dentre outros temas muito interessantes e importantes para o nosso aprendizado sobre a vida espiritual.
Na verdade, a partir das sábias respostas dos Espíritos podemos ver que, antes mesmo de encarnarmos, nós já conhecíamos, na condição de Espíritos, todas essas informações, conservando a nossa alma essa “vaga lembrança” do que sabia e do que via “no estado espiritual”.
Então, precisamos apenas recordar alguns desses conceitos através das leituras edificantes como essa que estamos propondo agora com “O Livro dos Espíritos”.
Recordar é viver
E esse capítulo é, de fato, recheado de informações úteis para avivar nossas recordações sobre a vida no mundo espiritual.
Por exemplo, lembraremos o fato de que a “responsabilidade dos nossos atos é a consequência da realidade da vida futura”, ou seja, se agirmos corretamente, com responsabilidade e medindo as consequências de nossas escolhas teremos boas recompensas futuras e, seguindo essa mesma lógica da vida, se formos irresponsáveis e inconsequentes em nossos atos, sobrarão para nós as penalidades correspondentes.
E é bom lembrar sempre que as nossas ações estão submetidas às leis de Deus, não havendo nenhuma, por mais insignificante que nos pareça, que não possa ser uma violação daquelas leis.
Ou seja, usando uma das respostas dos Espíritos vamos procurar ter em mente que
“Se sofremos as consequências dessa violação, só nos devemos queixar de nós mesmos, que desse modo nos tornamos os causadores da nossa felicidade ou da nossa infelicidade futura.”
Os Espíritos nos dizem, inclusive, de forma bem clara e sucinta, que, no momento da morte, o sentimento que predomina na maioria dos homens, se estes forem “céticos empedernidos” é a dúvida; se eles forem “culpados”, é o temor; e se eles forem “homens de bem” é a esperança.
Façamos o bem
Assim, vamos procurar fazer o nosso melhor, o mais certo que soubermos fazer em cada momento da vida encarnada para seguirmos confiantes para um futuro no mundo espiritual tranquilo, cheio de esperança e com a felicidade ideal pela certeza de termos evoluído um pouco em mais uma vivência na Terra.
E, por achar importante para nós como um rumo a seguir e um incentivo quando estivermos desanimados, vou destacar a resposta à pergunta 967 que nos diz assim:
os homens de bem são felizes por “conhecerem todas as coisas” por “não sentirem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que ocasionam a desgraça dos homens”.
Ou seja, para os homens de bem, “o amor que os une lhes é fonte de suprema felicidade. Não experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. São felizes pelo bem que fazem”.
E, é bom frisar que, para os que não procuraram ser homens de bem, as penas são terríveis. “Uns são punidos pela visão incessante do mal que fizeram; outros, pelo pesar, pelo temor, pela vergonha, pela dúvida, pelo insulamento, pelas trevas, pela separação dos entes que lhes são caros, etc.“.
Lembrando que o “Espírito sofre por todo o mal que praticou, ou de que foi causa voluntária, por todo o bem que teria podido fazer e não fez, e por todo o mal que decorra de não haver feito o bem.”
É isso, pessoal. Espero que todos tenham gostado de nossas indicações sobre “O Livro dos Espíritos”.
Em casos de dúvidas e incertezas sobre a vida, procure reler essas páginas edificantes, pois este livro é um presente maravilhoso oferecido pelos amigos espirituais que muito nos auxiliam na condução de nossa vida cotidiana.
Aliás, segundo São Luiz:
“Deus, que só quer o bem de suas criaturas, acolhe sempre o arrependimento, e infrutífero jamais fica o desejo que o Espírito manifeste de se melhorar.”
Fiquem com Deus. Até a próxima!
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