O Livro dos Espíritos – Parte III, capítulo 6

02 - 09 - 22

Estranho falar sobre lei de destruição, mas essa lei faz parte de um conjunto de leis, chamadas Leis Divinas, que são aquelas que regem a dimensão do Ser. 

A morte é um caminho natural da existência… Nada, absolutamente nada, no mundo físico é permanente, o que nos caracteriza é a impermanência. O nosso planeta ainda existe uma necessidade muito grande de destruição/ transformação, em outras orbes, em outros planetas, por exemplo, já não existe tanto essa necessidade de destruição.

Parece contraditório falar de lei de destruição, quando sabemos que a lei divina é lei do progresso do amor, mas no estágio onde nos encontramos, num planeta extremamente materialista, que habitam seres imperfeitos, que precisam muito, passar por essas transformações para a sua evolução. 

Portanto, precisamos desconstruir a ideia de um Deus vingador, punitivo, que permite que seu povo sofra. Deus em seu infinito amor nos concedeu o livre arbítrio, para que possamos aprender com as nossas próprias ações, ou seja, possamos adquirir, experiências. 

Os animais, destroem, para garantir, exclusivamente a sua sobrevivência. Quanto a nós humanos, também precisamos destruir para sobreviver, porém a medida é abusiva. Destruímos por ambição, por ganhos, por concentração de riquezas e de poder, muito diferente da destruição necessária à sobrevivência. 

No capítulo VI do livro dos espíritos, Lucia Lyra deixa a sugestão que todos leiam e se observem, quanto às suas práticas, como elas se enquadram? Estão mais voltadas à destruição necessária /transformadora ou destruição abusiva/egoísta. 

É interessante pararmos e refletirmos, como ao longo de nossas vidas o quanto, praticamos/ participamos ou nos omitimos a destruição abusiva. 

Kardec pergunta aos espíritos verdade (728). É Lei da Natureza a destruição?

“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem pôr fim, a renovação e melhoria dos seres vivos.”

E aí chegamos nós, os homens, ditos inteligentes e civilizados e destruímos contrários a transformação, promovemos guerras, praticamos crueldades, pena de morte, caça esportiva, nesse caso, matamos por prazer. 

E assim seguimos promovendo a destruição abusiva e desnecessária, diferente da lei de destruição, natural, que cumpre sempre o seu objetivo, que é auxiliar a lei de progresso.

Que sigamos usando melhor o nosso livre arbítrio, lembro ainda, que teremos que prestar contas do abuso da liberdade que nos foi concedida. 

Segura no orai e vigiai e dá o play para ouvir Lucia!

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *