Esse capítulo é dedicado ao estudo da Perfeição Moral. A perfeição moral é a regra de boa conduta pela qual se faz a distinção do bem e do mal, através da observação da Lei de Deus.
O homem se conduz bem, quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem de todos, porque então tende para Deus. E nesse capítulo é feita uma reflexão sobre o grau de perfeição que somos capazes de alcançar através das encarnações.
As virtudes
Inicialmente é apresentado o conceito de virtudes, que são as ações voltadas para o bem e que conduzem o homem para a prática do bem, seja individual ou coletivamente. Os espíritos ressaltam aqui, que a mais meritória de todas as virtudes é a caridade desinteressada, quando se pratica o bem apenas pelo prazer único de agradar a Deus e ao próximo, sem nada esperar em troca, como respondido à Kardec na resposta à pergunta 897:
“É repreensível aquele que faz o bem, sem visar recompensa na Terra, mas na esperança de ser recompensado na outra vida, para que lá sua posição seja melhor? Esse pensamento prejudica seu progresso?
– É preciso fazer o bem pela caridade, com desinteresse”.
Os Vícios
Os espíritos também nos ensinam que os vícios representam a ausência de virtude e é a ação que tende para o mal. São as atitudes que nos provocam mal-estar e que geram conflitos. Infelizmente, no estado evolutivo atual, ainda é necessário a presença do mal para que possamos compreender o bem.
Dentre os vícios, o egoísmo é o pior de todos, porque ele é incompatível com a lei da justiça, do amor e da caridade. O egoísmo neutraliza todas as outras qualidades e somente atingiremos o aperfeiçoamento moral quando o erradicarmos dos nossos corações:
“Quando os homens tiverem se libertado do egoísmo que os domina, viverão como irmãos, não se fazendo nenhum mal, ajudando-se mutuamente pelo sentimento natural da solidariedade; então o forte será o apoio e não opressor do fraco, e não se verão mais homens desprovidos do indispensável para viver, porque todos praticarão a lei da justiça”.
Se estudarmos todos os vícios veremos que no fundo em todos eles há o egoísmo como base. E infelizmente, ainda é difícil erradicá-lo, porque está intimamente relacionado à influência da matéria à qual nos encontramos muito ligados.
Por isso, aqueles que buscam um aperfeiçoamento moral deverão trabalhar para expulsar dos seus corações todo este sentimento que é incompatível com a lei de Deus.
As paixões
Os espíritos também nos explicam que as paixões são algo positivo que podem levar o homem a realização de grandes coisas, mas se tornam perigosas quando deixamos de dominá-las e nos deixamos dominá-las por elas.
Inquiridos por Kardec, eles descrevem também, o homem de bem como aquele que realiza seus atos na sua vida material através da prática da lei de Deus e que antecipadamente compreende a vida espiritual. Em outras palavras, é aquele que
E ao final do capítulo nos mostra que o verdadeiro caminho para se atingir a perfeição moral é através do autoconhecimento. Compreendendo o nosso sofrimento, nossas dores, nossas relações com os outros e com nós próprios poderemos melhorar individualmente e encontrar a paz interior.
Leitura imperdível!
Dá o play para conferir o vídeo que Sílvia Moraes preparou sobre este capítulo!
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