Na sociedade contemporânea, urge falar em sentimentos. O lugar das emoções vem sendo tomado por um cotidiano estressante, rotina atribulada, falta de tempo para si e para o outro. Por vezes, temos a sensação de que as coisas simplesmente acontecem, mal vivemos uma situação e outra já surge à nossa frente. Muitas demandas, poucas vivências verdadeiras. Deixamos até passar adiante momentos significativos, palavras que poderiam ser ditas, comunicação do afeto sentido…
Essa negligência no que se refere às trocas pode também estender-se aos nossos lares, locais que deveriam ser ponto de amparo e acolhimento. Apesar de não sermos socialmente estimulados a falar sobre o que sentimos, já é sabido que esta é, sim, uma habilidade que podemos e devemos desenvolver. E por que não começar em casa? A nossa trabalhadora Ana Paula Viana traz um pouco dos benefícios de introduzir este hábito no ambiente íntimo e seguro que é a família, abordando a temática da Alfabetização Emocional proposta pelo educador brasileiro Celso Antunes.
Da mesma forma que é possível aprender a ler e escrever, saber lidar com as emoções e sentimentos é algo que pode ser fruto de aprendizagem que, além de trazer benefícios para o convívio dentro de casa, se estenderá como experiência para todas as esferas de relação do indivíduo. Tal aprendizado deve começar desde cedo na família. Colocando os sentimentos em pauta, reconhecendo e identificando o que sentimos, expressando as emoções e controlando as reações, construímos um manejo saudável daquilo que podemos chamar de educação emocional. Dessa forma, Ana Paula Viana preparou um vídeo e conversa mais detalhes para ajudar numa boa construção deste assunto. Aperta o play!
Inteligência emocional?
“A inteligência acadêmica pouco tem a ver com a vida emocional. Os mais brilhantes entre nós podem afundar nos recifes de paixões desenfreadas e impulsos desgovernados; pessoas com altos níveis de QI são às vezes pilotos incompetentes de suas vidas particulares” .
Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional, embasado em diversas pesquisas científicas, agregou o conceito de QE – Quociente Emocional à natureza humana e ao já conhecido conceito de QI – Quociente de Inteligência, estabelecendo que emoções são passíveis de manejo e educação, favorecendo o bom funcionamento da saúde física. Este é outro aspecto a darmos atenção, saber lidar com as emoções para reduzir o impacto das mesmas no corpo físico e, com isso, gerar um menor risco de adoecimento.
Que tal conhecer um pouco mais?
Interessante tudo isso, não é mesmo? Por isso, trazemos a indicação de onde buscar mais direcionamento sobre a temática e obter posturas cada vez mais assertivas na condução deste assunto. O LIV – Laboratório de Inteligência de Vida, acreditando no conceito de que “você não pode mudar o que sente, mas pode aprender o que fazer com seus sentimentos”, leva para as escolas um programa de educação socioemocional onde os estudantes são estimulados a conhecer seus sentimentos e desenvolver habilidades para a vida atual e futura.
Em outra oportunidade, nossa trabalhadora Ana Paula já nos convidou a pensar, em um vídeo sobre “A criança e o exemplo”, mostrando a relevância do exemplo dos pais e adultos cuidadores na formação dos pequenos. E você, adulto, tem sido esse exemplo de cuidado? Como estão suas próprias emoções? Como você vive seus sentimentos? Você tem olhado pra você? Se pensarmos nessa perspectiva, estaremos trilhando um caminho de maior aproximação da nossa essência, galgando uma (re)humanização.
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