Educação é função da família. É comum se ver que algumas famílias deixam escapar esta oportunidade e repassam essa função para a escola e/ou para outras pessoas. A escola é parceira da família e tem como função cuidar das instâncias acadêmicas, do desenvolvimento de habilidades e competências dos seus vários componentes curriculares, visando uma formação do ser como um todo. Aos pais é solicitada uma responsabilidade para que conduzam seu filho pelo caminho do bem, tornando-o um Homem de Bem. Estamos falando de compromisso e comprometimento nessa função. 

Ana Paula Viana traz em sua conversa elementos de reflexão sobre o significado da palavra compromisso, tema central de sua fala. Ela diz que de acordo com o dicionário da Língua Portuguesa, a palavra compromisso significa obrigação assumida por uma ou mais partes, mas que também teria como sinônimo a palavra comprometimento. Visando uma melhor compreensão e ampliação destes significados, nossa trabalhadora reflete que o comprometimento sugere algo a mais que a “obrigação assumida”, sugere a existência do interesse neste significado de “obrigação assumida”.  Portanto, ao falar de filhos e de sua educação, do encaminhamento destes seres ao longo de sua existência, pais e mães precisam estar conectados tanto pelo sentido do compromisso quanto pelo do comprometimento em sua missão. Quer saber um pouco mais sobre isso? Confere o vídeo que nossa trabalhadora Ana Paula Viana preparou! 

O que nos diz a Doutrina Espírita sobre o compromisso dos pais? 

A chegada de uma criança numa família não é à toa, está tudo tão bem coordenado pois faz parte do plano reencarnatório dos envolvidos neste processo. Na literatura espírita há um livro que trata bem especificamente sobre este tema cujo título é Nossos filhos são espíritos de autoria de Hermínio Miranda e, nossa trabalhadora Ana Paula, já preparou um vídeo (Todo mundo foi criança um dia), anteriormente, traçando uma conversa bem suave e direta sobre estas questões onde vemos que todos nós somos espíritos renascidos, com nova oportunidade de encarnação para aprender, contribuir e evoluir um pouco mais.

Muitas são as passagens do Evangelho Segundo o Espiritismo que nos orientam quanto a estas questões de responsabilidade e compromisso paternos na condução dos filhos que nos são confiados. Uma delas diz assim:

“…Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor…”, Capítulo XIV, Item 9. 

Outra passagem que nos faz refletir está no Capítulo IV, Item 18:

“Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.

No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam.

Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento. Cada vez menos presos à matéria, mais viva se lhes torna a afeição recíproca, pela razão mesma de que, mais depurada, não tem a perturbá-la o egoísmo, nem as sombras das paixões. Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga.

Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos. Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu”.

No Livro dos Espíritos, dentro de sua configuração de perguntas e respostas, também encontramos fonte de conhecimento e esclarecimento sobre o tema, contribuindo com o projeto de quem está conduzindo e guiando vidas no caminho do bem, as perguntas citadas no vídeo são as de número 208 e 582. Visando trazer cuidado e atenção para família, estreitamento de laços, coerência de atitudes e construção de um caminho de valores e moral cristãos, a missão recebida pelos pais será mais assertiva e responsável.

Indicação de literatura:

• SOS Família – Divaldo Franco ditado por Joanna de Ângelis

• Constelação Familiar – Divaldo Franco ditado por Joanna de Ângelis