Como entendemos Felicidade? Qual a perspectiva do Espiritismo sobre a felicidade?
O ser humano moderno muito se pergunta sobre o que vem a ser felicidade. Vivemos em uma sociedade na qual somos constantemente atraídos pelos prazeres terrenos e muitas vezes acabamos dando valor aos bens materiais, ao que nos dá luxo, transferindo, assim, o entender de felicidade ao exterior. Muitos pensam que a felicidade está nas conquistas futuras, nas metas alcançadas, no externo.
Juliana Villacorta vem nos explicar que o espiritismo e a filosofia contrapõem esse pensar, nos trazendo a ideia de que a felicidade depende de nossas ações, de algo que esteja em nosso interior e não em bens e pessoas. Ela nos convida a nos questionarmos o que significa a felicidade para cada um de nós?
“Com efeito, nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude florescente, são as condições essenciais da felicidade.”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. 5, 20 – A felicidade não é deste mundo).
Para a filosofia somos protagonistas das nossas vidas. Nós somos os detentores do poder de escolher o que nos fará bem ou não. A ideia de protagonismo nos convida a agir, assim, se queremos que algo aconteça, precisamos agir para que aquilo se efetive.
O Estoicismo corrobora com este entendimento do protagonismo, para esta escola filosófica a felicidade está dentro de nós mesmos, não se encontrando nos bens materiais, nem no que nos é externo. Epicteto, um dos filósofos do Estoicismo, expõe que há coisas que estão sob o nosso controle e há aquelas que estão fora do nosso alcance. Quando nos preocupamos com aquilo que está fora do nosso controle, terminamos nos desgastando e perdendo energia, em suas palavras:
“Escravo é aquele que luta contra o que não depende de si, e não age naquilo que depende de si”.
(Epicteto, livro A arte de viver).
Assim, não devemos focar no que não está no nosso controle. Além disso, Epicteto afirma que nossa felicidade depende de três coisas:
“A sua vontade, as suas ideias a respeito do acontecimento em que você está envolvido e o uso que você faz das suas ideias.”
(Epicteto, livro A arte de viver).
No mesmo sentido, Leandro Karnal afirma que a felicidade não é um ponto final, para ele a felicidade é um caminho que estamos percorrendo. Ela está na disposição de estabelecermos diariamente o que queremos para nós mesmos. Ele expõe no vídeo a seguir que “A felicidade pressupõe consciência”. Logo, precisamos estar atentos ao que sentimos, buscando o autoconhecimento. O que está atrapalhando a sua felicidade? Só iremos saber responder a esta pergunta a partir do momento em que nos dispomos a silenciar e refletir sobre o nosso eu.
O espiritismo também entende que a felicidade depende dos esforços de cada um, sendo uma conquista do Espírito. Tudo o que precisamos para sermos felizes está dentro de nós mesmos. Juliana Villacorta faz uma reflexão justamente sobre esses pensamentos de felicidade, no vídeo a seguir, ela nos convida a observar onde mora a felicidade em nós.
Portanto, a felicidade é uma escolha diária. Ela é um projeto que vai ter altos e baixos e não deve ser confundida com euforia, alegria ou rir a todo instante. A felicidade está dentro de nós mesmos, quando somos protagonistas das nossas histórias e agimos indo em busca do que acreditamos ser bom.
Joanna de Ângelis no livro desperte e seja feliz nos deixa uma grande mensagem e nos convida a despertar-nos para sermos felizes:
“É necessário que haja um despertamento para os valores do Espírito eterno, a fim de que se consiga a identificação consigo mesmo e com o Bem.”
(Franco, Divaldo Pereira – Livro Desperte e Seja Feliz – pelo espírito Joanna de Ângelis).
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