Hoje é dia de homenagear as mulheres, dia de comprar flores e presentes… Será? Nós sabemos que houve uma articulação histórica para esvaziar o conteúdo político do 8 de março, transformá-lo em “uma data simbólica inofensiva”, apagando sua origem operária, tentando esconder o conteúdo subversivo do significado desse dia, que é questionar o patriarcado.
“Sendo iguais perante a Lei de Deus, devem os homens ser iguais também perante as leis humanas?
“A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização”.
[Questão 822 do O Livro dos Espíritos, uma pergunta feita por Kardec ao Espírito Verdade]
O Dia Internacional da Mulher é um dia de grande reflexão sobre a trajetória de ser mulher no planeta. Ser mulher, viver mulher, é um desafio e um processo de transformação para todos. O espírito está encarnado, vivendo aqui a experiência de ser mulher, com o desafio de evoluir, igual a todos, porém vivenciando a intolerância, o desrespeito e muitos preconceitos. Sem falar da violência.
No ano passado, as colaboradoras da biblioteca, todas mulheres, apresentaram uma série de indicação de leitura, chamada MULHERES NO CRISTIANISMO – falando de livros que contam as histórias de mulheres contemporâneas ou não do Cristo, porém, que tiveram as suas vidas dedicadas a vivenciar os seus ensinamentos. Muitas delas tiveram a oportunidade de protagonizar passagens que definiram o cristianismo, estavam ali, lado a lado dEle. Não se acovardaram diante das dificuldades, que com certeza foram muitas. Afinal, o gênero feminino, como os estrangeiros, os pobres e os doentes, viviam à margem da sociedade e mesmo contrária a tantas evidências, essas mulheres decidiram seguir um revolucionário. Com certeza, uma decisão para mulheres fortes e de fé.
E trazendo para os dias de hoje, as mulheres necessitam lutar para serem respeitadas, e reconhecidas. Conquistamos muito, porém ainda há um longo caminho para equidade, respeito e amor.
Desejamos um excelente dia Internacional das Mulheres e sigamos na luta para que nossos caminhos e decisões sejam marcados pela justiça, respeito e igualdade.
No vídeo, Lucia Lyra fala um pouco sobre esse dia tão importante e sobre a Série. Em seguida, reunimos todos os links para você não perder nenhuma indicação dessas mulheres incríveis. Aperta o play!
A série “Mulheres no Cristianismo”
Confira os links para acessar cada episódio.
1 Maria de Nazaré
2 Maria Madalena
Aquela mulher cheia de identidades considerada Santa, prostituta, apóstola, esposa de Jesus, feminista… inúmeros rótulos foram usados para tentar defini-la.
3 Madame Kardec
Que apesar de todo preconceito, seguiu difundindo o espiritismo, após a morte de Kardec, isso ocorreu em meados de 1.800
4 Santa Terezinha
5 Madre Teresa de Calcutá
6 Irmã Dulce
7 Tecla
A sua história é muito interessante: uma mulher corajosa, que abandonou sua família rica e influente, seu noivo, para espalhar o Evangelho do Cristo, foi julgada e condenada pela sua decisão. (essa vivida no século I)
8 Mãe menininha do Gantois
Uma mulher pobre, negra e mãe de santo, na época, em meados de 1.900, o candomblé vivia uma fase de perseguição pesada. Relegados ao submundo religioso, os rituais terminavam subitamente com a chegada da polícia. Só com muita habilidade, ela conseguiu evitar o fechamento do terreiro, sendo a própria Mãe Menininha uma das principais articuladoras para o término das proibições Ecumênicas.
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